Dia das mães
“Eu não tenho mãe”. Por maioria de razão ou por herança cultura, ouvir isto da boca de uma criança remete-nos imediatamente, a nós que ouvimos, para um cenário que – pelo menos na nossa cabeça – é, necessariamente, de dor e sofrimento.
É natural que, à partida, assim o sintamos. Habituámo-nos que uma família é composta por pai e mãe (mesmo quando assim não era porque, diz a “tradição” que é assim que deve ser). E o mesmo se passa quando alguém diz “não tenho pai”, exatamente pelas mesmas razões.
Mas a verdade é que há configurações familiares distintas e não ter pai ou não ter mãe não é, necessariamente, a desgraça que parece a quem ouve.
Claro que estou a falar, em particular, do Duda que recorrentemente responde “eu não tenho mãe”, quando o tema é abordado. E nas últimas semanas, o tema tem sido recorrente, por motivos óbvios: o dia da mãe está a chegar. E agora, como se gere tudo isto?
Bom, antes de mais, em linha com o que tenho defendido, “enterrar a cabeça na areia” sobre um tema (seja ele qual for), não é saudável e, pior, só vai aumentar a incerteza e a insegurança da criança e, aqui, uma vez mais, a comunicação é a chave do sucesso, nomeadamente, para desmistificar aquilo que pode ter sido dito a uma criança que chega à família pela via da adoção ainda na casa de acolhimento ou aquilo que continua a ser dito, diariamente, nas escolas, porque os conteúdos programáticos assim o defendem.
Por partes: Quando é decretada a adotabilidade de uma criança, ela começa a ser preparada para o facto de vir a pertencer a uma outra família. E logo aqui, na esmagadora maioria das vezes, o que lhes é dito é que vão ter outro pai e outra mãe. Isto cria uma expetativa na criança, inevitavelmente. E se depois não for assim (porque pode ser uma adoção mono ou homoparental), há um conflito que terá que ser gerido. E logo aqui, o discurso e a preparação devem mudar e devem ser adotadas medidas de preparação da integração da criança de forma mais inclusiva e abrangente.
Além disto, acresce que os manuais escolares, os conteúdos programáticos, as atividades de enriquecimento curricular ou até as atividades que as crianças frequentam fora da escola, navegam ao sabor desta efemérides. E é inquestionável que elas podem ser um catalizador do sofrimento para milhares de crianças e não falo apenas de crianças com famílias idênticas à nossa.
Existe crianças vítimas de alienação parental que estão privadas do convívio com o pai ou com a mãe, há crianças abandonadas por pai ou por mãe, há crianças em casas de acolhimento que não têm (ou não podem ter, por questões de proteção legal) contacto com o pai ou com a mãe. Enfim, se refletirmos um pouco, com alguma empatia, estou certo que encontraremos algum caso que conhecemos para quem uma festa do dia do pai ou do dia da mãe, na escola, foi apenas motivo para uma enorme choradeira e para um sofrimento que nem nos passa pela cabeça.
Claro que muitas pessoas me dirão: Mas depois há quem seja feliz nesse contexto e não podemos, também, privar essas crianças porque as outras não têm. E é claro que não podemos. Mas podemos trabalhar, de forma mais ampla, para não deixar nenhuma crinaça para trás, independentemente da sua realidade. Um pequeno exemplo de como lidar com a situação é: trabalhar o dia da família e deixar a criança escolher quem identifica como tal. Ou, no momento de fazer o presente para o dia da mãe ou do dia do pai, reforçar que o motivo pelo qual se faz o presente (ou se canta a música, ou o que for), está relacionado com a efeméride mas que cada criança pode e deve escolher a quem pretende oferecer, de acordo com o que a sua realidade – e principalmente, o seu coração – ditar.
E acreditem (por experiência própria) que, na maioria das vezes, basta este discurso aberto e inclusivo, para passarmos de uma situação de sofrimento, a uma situação de prazer.
O Duda, este ano, escolheu fazer dois presentes sobre os dia das mães e escolheu oferecê-lo às duas avós. No dia dos pais, também fez dois, para oferecer-nos aqui em casa.
E pediu para, no domingo dia 2 de Maio, passar tempo com ambas as avós.
Se tod@s acreditarmos, tudo pode ser bem mais simples do que parece.
Feliz dia das mães, para todas as pessoas
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